Acabeeeei: A Amiga Genial, de Elena Ferrante
A Amiga Genial, de Elena Ferrante, foi o meu livro de cabeceira durante as últimas semanas. Terminei e vou avançar para o segundo volume. Quem já leu todos os livros da tetralogia?
Esta vida não é fácil para ler livros. Quando acabo de fazer todas as coisas que me são obrigatórias, chego à cama e dá-me o sono e são menos umas páginas que eu leio. Porém, aos fins-de-semana tento compensar e lá acabei o livro do momento.
A febre Elena Ferrante está instalada e há várias razões para isso. Toda a gente lê a tetralogia que começa com A Amiga Genial porque – e esta é uma razão forte – a autora faz questão de ser praticamente desconhecida – não se conhece o rosto e especula-se que Elena Ferrante não seja o seu verdadeiro nome.
A história da tetralogia percorre grande parte da vida de duas mulheres, que se conheceram quando eram crianças, por volta dos seis anos. Em A Amiga Genial, a autora relata a convivência das duas amigas – embora, exista uma relação conflituosa – durante a infância e a adolescência. Suponho que os próximos livros contem a relação de ambas durante as próximas fases da vida.
Numa época em que a mulher era obrigada a obedecer aos pais, numa primeira fase, e, depois, ao marido, uma das personagens, Lila, é figura dissonante desta realidade pois tende a fazer sempre o que lhe apetece sem a preocupação de ter que agradar a alguém. Penso que é isso que atrai a narradora do livro, Elena Grego, e a faz ter quase uma obsessão por esta amiga.
É engraçado que ao ler este livro lembrei-me de algumas pessoas que passaram pela minha vida e algumas situações que eu fui observando. Eu gosto de ler livros cuja história me faça sentido e que eu a consiga ver na realidade. Foi isso que aconteceu com A Amiga Genial e penso que esta será a segunda razão para que toda a gente esteja a ler Elena Ferrante. Vou avançar para o segundo livro e depois digo-vos se a leitura foi com o mesmo gosto do primeiro.